“Pela estrada afora e bem
sozinha” com seus passos apressados lá vai ela. Em semanas estará a avizinhar-se
da sua nova jornada. Haveria de ser aquele o caminho capaz de proporcionar-lhe um
futuro de horizontes mais amplos e coloridos. Acredita que os inéditos desafios
escondidos sob o Atlântico farão deste trajeto o mais emocionante. De tal modo
segue em justa oração. Ainda repleta de perguntas professa a certeza de trombar
com algumas respostas. Quantas montanhas e planícies serão culpadas ou
inocentes pelo rabisco dessa estrada? Quantos amanheceres e entardeceres apreciará
pelo caminho? Quantos cenários fascinantes seu olhar estaria tão próximo de alcançar?
Quais cores, cheiros, sabores, sons e texturas a aguardariam na descoberta de
novas terras e culturas? Quantas saudações e despedidas viverá pelo caminho? Quais
segredos lhe serão desvendados? Quantos sorrisos lhe confirmarão o que realmente
vale a pena arrecadar na vida? Quantos olhares e gentilezas haverão de
aquecê-la? Quantos abraços serão necessários para suavizar a saudade que discretamente
já acena? Que diferentes experiências hão de lhe proporcionar o trato humano? Quantos
haverão de distinguir a fachada dos cômodos mais íntimos da sua alma? Pois bem,
na carência de respostas a tão distintas indagações à moça de passos
apressados desejamos: vá e prove do mundo!